Há dois anos deixaste-me a alma vazia e o coração despedaçado.
Hoje, com a distância do tempo já quase não me lembro do quanto chorei e sofri, das noites passadas em branco, de acordar com os olhos inchados de choro e de não ter forças nem para me levantar da cama, de trabalhar mais de 12 horas só para chegar a casa e ter uma desculpa para dormir, para me sentir tão cansada que nem forças tinha para sair de casa.
Hoje, com a distância do tempo já quase não me lembro do quanto chorei e sofri, das noites passadas em branco, de acordar com os olhos inchados de choro e de não ter forças nem para me levantar da cama, de trabalhar mais de 12 horas só para chegar a casa e ter uma desculpa para dormir, para me sentir tão cansada que nem forças tinha para sair de casa.
Quase não me lembro das noites em Santarém na loucura, repletas de álcool e disparates num disfarce contra a solidão que sentia. Do quanto me custou levantar-me e voltar a sentir que não estava sozinha no mundo e que tinha pessoas à minha volta, que ao contrário de ti, mostravam carinho e preocupação.
Quase… Não me lembro!
Quasee… Porque cada vez que me falas e por alguma razão me vêm algo desse tempo à memória, o coração fica pequeno e sente-se apertado, como se lhe tirassem o ar.
Já não me vejo nessa altura, mas o coração ainda sente dor nas cicatrizes mal saradas.
Passados dois anos, queres entrar de novo, numa vida que já não te pertence, numa rotina que já teve mais espaços teus que meus, mas que agora de ti, apenas tem lembranças que surgem enevoadas e longínquas.
Queres fazer parte de um mundo, que já foi muito teu, mas que agora colocou uma restrição à tua entrada e a pessoas que como tu, lhe queiram sugar a alma.
Perguntas se não penso em falarmos mais, em estarmos mais vezes juntos.
Perguntas se não acho que devíamos.
Não, não penso e não acho. E mesmo que tente, nunca chego a conclusão nenhuma. É como se procurasse algo num espaço vazio, ou se procurasse uma rua que já não existe ou mudou de nome. Não entendes? Não, claro que não. Nunca ninguém te magoou do jeito que tu me magoaste a mim.
Nunca ninguém te virou as costas quando pedias para que não deixasse as coisas acabar assim, que deixasse ficar a amizade, nem quando pedias para esse alguém não sair assim da tua vida e te desse pelo menos a oportunidade de continuar a ser teu amigo(a)…. Como eu te pedi a ti!!
Hoje…. Porque sabes que estou em baixo e que me faltam forças para continuar. Porque sabes que me dói a alma. Porque sabes que já ultrapassei o rancor que te sentia…
Hoje… Achas-te no direito de me perguntar se não penso que devíamos conversar mais??
Não penso. Porque como disses-te, deixou de ser importante para mim a tua presença. Tanto faz se dizes algo ou não, tanto faz se estás presente em determinada ocasião…
Tanto faz….
Sem comentários:
Enviar um comentário