sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Às vezes apetecia-me...

... pedir-te para ficares,
Para não me deixares nunca mais
Às vezes apetecia-me gritar ao mundo que és tudo
Gritar nos ouvidos dos outros aquilo que sinto quando estás junto a mim
Quando tocas o meu corpo como se sempre te tivesse pertencido
Como se tu sempre me tivesses pertencido
Nem eu, nem tu sabemos que isto significa
Muito menos a que lugar nos leva esta estrada que percorremos
Mas só tu e eu sabemos como estremece a alma quando nos tocamos,
Só tu e eu sabemos como o mundo à nossa volta se apaga e desaparece quando sorrimos em sintonia
Quando damos as mãos no silêncio da noite escura
Quando me abraças com medo que a noite se torne dia
Não sei o que pensas, nem tão pouco sabes tu o que eu penso
Fugimos das palavras porque são fúteis e desnecessárias
Fugimos delas porque catalogam sentimentos e nenhuma se adequa aquilo que nos une
Não por ser mais ou maior
Mas por ser nosso, tão nosso que se lhe déssemos um nome tornar-se-ia banal e perderia toda a magia que lhe depositámos
Fugimos dos outros
Fugimos do mundo gelado que nos espera lá fora
Porque quando estamos juntos é quente, é bom

Às vezes apetecia-me pedir-te que fosses embora,
Que me deixasses para sempre
Ás vezes apetecia-me gritar ao mundo que não te quero mais
Dizer a mim mesma que já não tens esse poder em mim
Que a minha alma não estremece quando sente o teu desejo e o teu calor
Ás vezes apetecia-me não sentir o prazer que sinto quando te vejo delirar e pedir por mais
Quando imploras que te toque, que seja tua mais uma vez
Que sejas meu, uma e outra vez
Às vezes apetecia-me negar o quanto te desejo e mais ainda o quanto sei que me desejas
Fechamo-nos no nosso mundo, para que ninguém lhe toque
Para que ninguém interfira nesta vida fictícia que criamos para nós
Longe da confusão urbana, da maldade e da inveja dos outros
Longe da realidade que nos quer perseguir
Longe da certeza que esta nossa paz um dia tem de acabar
Quanto tempo mais vamos conseguir manter a nossa loucura
Sem deixar ninguém entrar
Sem que o mundo nos roube a luz que ela nos dá
Sem que nós próprios percebamos que estamos a pisar o caminho errado ou certo
Quando tempo mais vamos conseguir deixar que esta ligação nos una
Que esta loucura nos percorra o corpo e a mente desta forma tão intensa e sincera


Ás vezes apetecia-me que deixasses de me apetecer
Que deixasse de te apetecer
Ás vezes apetecia-me que ficasses sempre aqui
Que este nosso mundo fosse sempre assim
Ás vezes apetecia-me que a nossa loucura fosse infinita e tivesse um fim...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Frase da semana

"Ás vezes é necessário dar um passo atrás, para depois conseguirmos dar dois passos em frente."


(e há passos que não podemos deixar de dar...)
Chega a uma altura da nossa vida em que nos cansamos de pensar em todas as consequências dos nossos actos, em que olhamos à volta e pensamos: "Que se lixe!"
Tou cansada de esperar, de perguntar e de reprimir sentimentos. A fase de me esconder atras da mascara de menina-forte já passou de validade. Já passou também a suposta fase do trauma da pseudo-relação-fracassada-que-deixou-marcas-e-que-agora-não-me-deixa-apaixonar-e-assim. Chegou a hora de dizer CHEGA e deixar-me levar pelas marés e ondas que este meu mar de vida me trás. E pronto...
Estou a viver, o momento, os momentos que a vida me vem trazendo. Não procuro, não pergunto, nem complico. Sigo apenas aquilo que agora me apetece fazer. Com quem me apetecer.
Tou cansada de pensar o que vão pensar os outros. Ninguem, além de eu própria tem nada a ver com as decisões que tomo na minha vida. Ou as aceitam ou não. E a amizade reside precisamente nesse respeito de opiniões. Conselhos agradeço-os sempre e alias quando preciso peço-os. Sem grandes vergonhas nem medos. Os amigos mais chegados percebem e isso é que me importa.
Há sinais que a vida me trouxe e que não posso fugir ou negar. Passaria os proximos 20 anos a pensar no "E se.." e não conseguiria viver com isso.
Consigo sim, viver com isto... Encarar as coisas de frente. E gosto... daquilo que a vida me tem mostrado nos ultimos tempos.
Acho que estou a crescer. :) E estou incrivelmente feliz por mim mesma.
Hoje tenho a certeza que me libertei dos fantasmas. Só posso ter razões para sorrir por isso.
O resto... vem com o tempo. E como eu já estou habituada a esse tempo...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Till We ain't strangers anymore.."

"Why don't hold me baby.. Till we ain't strangers anymore"

Estou assim...


... dançando ao sabor do vento.
(O que vier, será... O que for.. Irá! Tentando não pensar demasiado...)


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Apenas

a precisar de um abraço.
De um abraço comum, como tantos outros que trocamos nas mais variadas ocasiões.
Ao mesmo tempo, de um abraço especial, daqueles que nos limpa a cabeça de pensamentos maus.
Talvez como nunca precisei
Talvez como nunca antes senti tanta falta...
Sim, hoje... Tudo seria mais fácil de pois de um ABRAÇO teu.

sábado, 17 de janeiro de 2009


Gostava de não sentir este vazio.
Gostava de poder ter aquele abraço sincero que mais que o corpo, me tocasse a alma e levasse com ele tudo aquilo que me atormenta.
Se há um tempo para se ser feliz, será que gastei a validade do meu?
Será que para mim não existem "segundas oportunidades"?
Onde errei para hoje estar aqui, assim.. sozinha?
Perdi as forças e a razão da luta...
Olho em volta, tenho um misto de tudo e nada.
Hoje sorrio para amanhã deixar a tristeza se apoderar de mim.




Não quero, não gosto de me sentir assim...
Olhar ao espelho e perguntar por mim...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Se..

"Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem."

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Há algum mal em sonhar? Em querer mais?

Deixa-me aqui

Tanto que já perdi..
Já pouco resta de mim, da minha vontade, da minha força..
Se vens para depois sair de novo
Peço que não pares e sigas para onde o destino te levar e que deixes os pedaços que consegui salvar em mim... Aqui!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Huuummmmm...

A minha vida anda a brincar comigo às escondidas e eu a ver.













(Por estas e por outras é que nunca digo nunca, nunca sabemos o que nos vai "cair" em cima..)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Precisava

Precisava mesmo que o mundo fosse cor de rosa,
Que fosse assim, como nas histórias da disney que via quando era pequena,
Assim, mais ou menos ao estilo da pequena sereia ou da bela adormecida,
Onde está o meu Principe?! De cavalo branco?




























(e que estivesse menos frio porra. É sexta-feira e tou no sofá da sala enrolada em mantas, e a vaguear na internet.. OMG, assim é que a minha vida social não ata nem desata!)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

R.I.P.

Há momentos na vida, certas coisas que nos fazem sentir bem connosco próprios. (apesar do sorriso nestes últimos dias ser coisas que não se vê muito nos meus lábios)

Há quem não acredite em amizade sincera depois de se ter tido uma relação amorosa com alguém, acho que és, que somos a prova contrária disso e confesso que isso me deixa a alma mais leve. A relação que tivemos foi especial, de dois adolescentes que tinham o mundo na mão, erramos os dois e no final com todos os tropeções que demos conseguimos guardar (apesar daquela distancia necessária no final de qualquer relação) respeito, carinho, amizade.

Estou contigo nesta fase difícil amigo e o que me deixa de certa forma contente é saber que quando digo isto do fundo do coração, tu recebes com a mesma sinceridade, com aquele carinho que ainda nos une e que tenho a certeza ficará para sempre connosco qualquer que seja o rumo que as nossas vidas levem.

Abraços como o que trocamos ontem, tenho milhares… Para te reconfortar a ti e a mim. Sei que a dor que tens não se compara com a minha, mas quando alguém especial parte é difícil para todos.

Tenho a certeza que está lá no céu com a mesma garra a olhar por ti, por todos nós que gostavamos dela e a respeitávamos pela grande mulher que era!



Descansa em paz “tia” Constança.


Com a alma esburacada.


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Em tom cinza

Entre dias cinzentos e quase negros...
Vagueando pelas ruas da vida!




E o dia não podia acabar mais negro... =( vida injusta esta que leva as pessoas melhores que o mundo tem!

(Toda a força e coragem do mundo amigo...)







(desculpem... Hoje por mais que tente não saí nada de jeito!)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

.Queria.

Alguém que me abraçasse. Que me beijasse. Que ficasse horas apenas enrolado a mim sem dizer uma palavra.
Alguém que eu pudesse abraçar. A qualquer momento. E juntar a isso um beijo na face. Alguém a quem beijar. Só porque sim. Só porque enfim.


Alguém que não morasse apenas nos meus sonhos. Que me enviasse uma mensagem matinal. E outra, ao deitar. Que pedisse para sonhar consigo. Que dissesse que sonharia comigo.
Apenas alguém para falar. De tudo. De nada. De como correu o dia. A quem perguntar como correu o dia.

Alguém que ligasse só porque sim. Porque se lembrará de alguma coisa engraçada. Ou porque estava no trânsito e não tinha mais nada para fazer.

Alguém com quem passar a tarde de domingo. Naqueles passeios banais. Pelo jardim ou pelo centro comercial. Que me levasse a praia. A jantar. A almoçar. A tomar o pequeno-almoço.

Alguém com quem ir ao cinema. E comer pipocas até mais não. Que me agarrasse a mão nos filmes de terror. E repetisse comigo as piadas dos filmes cómicos.

Alguém que me olhasse nos olhos e me visse a alma. Que me fizesse rir até doer a barriga. E chorar até doer a alma. E que a seguir me limpasse as lágrimas com um beijo. Que me desse a mão na rua. Que caminhasse ao meu lado.

Alguém que gostasse tanto do amanhecer como eu. Que gostasse de sair. De dançar. De fazer amigos aqui e ali. Que gostasse de tardes de sábado no sofá a ver tv. De lareira. Do frio da serra. E do calor do sul.
Alguém que gostasse de fugir da cidade. De inventar viagens aqui e ali. De ir ao norte. Dos bailes da terrinha. De hambúrgueres depois de sair da discoteca. Que gostasse de conduzir horas a fio. E que me deixasse conduzir o seu carro.

Alguém que fosse comigo ao FRA. Às portas do sol. Ao quinzena. Ao iland. E no final que montasse o toiro da rotunda do forcado. Que não se importasse de partilhar comigo o meu amor por Santarém. Que entendesse.

Alguém com defeitos. Qualidades. Bem reais. Bem verdadeiras.
Alguém que desse um pouco de luz aos meus dias bem cinzentos.










(onde estás alguém?) *